Se penso mais que um momento
Na vida que eis a passar,
Sou para o meu pensamento
Um cadáver a esperar.
Se, depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia,
Não há nada mais simples.
Tem só duas datas --- a da minha nascença e a da minha morte.
Entre uma e outra todos os dias são meus.
Amei as coisas sem setimentalidade nenhuma.
Nunca tive um desejo que não pudesse realizar, porque nunca ceguei.
Mesmo ouvir nunca foi para mim senão um acompanhamento de ver.
Compreendi que as coisas são reais e todas diferentes umas das outras;
Compreendi isto com os olhos, nunca com o pensamento.
Compreender isto com o pensamento seria achá-las todas iguais.
Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Será que algum dia esqueci o Álvaro?
Sigo o que me ensinou um pouco como algo que faz a memória do que aconteceu pareça viva e próxima...
Aceitei o nosso destino, mas será que somente porque tenho namorado novo, amizades novas, uma vida que progride...será que realmente avancei? Ou foi só o meu corpo que avançou...e a minha alma continua lá, á espera que ele venha de Évora?
Serei mais feliz que a Laura só porque aparento viver, ou aproveitar mais a vida?
O que é que nos distingue assim tanto? Será que somos realmente azeite e água?
Não seremos mais parecidas do que aparentamos ser?
O Álvaro ensinou-me a não parar só porque tenho dúvidas...ás vezes é a meio de um caminho que encontramos respostas...o importante é não parar...
O que teria perdido se tivesse parado completamente? Ou ganho?
Rita
sábado, 11 de abril de 2009
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