quinta-feira, 2 de abril de 2009

Da inércia ou o recado da Amanda para si própria


Ter a cabeça à roda, tanto à roda que não paras para dormir. Mas o teu corpo não obedece quando queres agir, queres fazer, fazer o quê? Vontade não te falta, mas o banco na varanda ao sol acaba sempre por chamar-te mais tentadoramente que as tuas obrigações, ou mesmo que os teus desejos...
Estou entediada, mais que entediada de estar à espera, à espera que a Patrícia volte, à espera que a inspiração chegue e que eu consiga pintar qualquer coisa que não me apeteça queimar, à espera de ter coragem para recomeçar o caminho que ficou planado na estratosfera... Não é assim tão grave, é só aborrecido. Nem sequer tenho paciência para me zangar. Se pudesse zangava-me, talvez com a Patrícia, não sei. Sinto que não sou feliz e que a culpa é dela. Às vezes, principalmente quando estou perto dela e daquela azáfama toda, sinto-me verdadeiramente inútil...

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